quarta-feira, 16 de março de 2011

Teste seu Médico

Direitos autorais - Ana Cristina Duarte - http://www.amigasdoparto.com.br/teste.html

                   Essa é uma lista bem humorada de perguntas a se fazer ao seu obstetra. Na verdade é um teste para verificar que tipo de médico ele é: do mais intervencionista ao mais liberal. Apesar do tom informal, as "respostas certas" foram inspiradas nas evidências científicas e nas recomendações da Organização Mundial da Saúde.

1) Qual a sua postura em relação à "cesárea x parto normal"?
a) O parto normal é o melhor, mas só dá para saber na hora.
b) Hoje em dia não faz sentido ter bebê por parto normal, com as técnicas de cirurgia tão avançadas e seguras. A recuperação é rápida e graças aos novos antibióticos, antinflamatórios, antitérmicos e analgésicos, você pode ter uma vida quase normal em menos de 2 meses.
c) O parto normal é melhor, mas na sua idade (ou com o seu peso, ou nessa época do ano, ou para uma pessoa sensível como você) a cesárea é mais garantida.
d) O parto normal é melhor e pelo menos 90% das mulheres podem dar à luz naturalmente. Você também tem tudo para ter um parto normal e nós vamos nos preparar para isso!

2) Quais intervenções no parto você considera essenciais?
a) O que eu uso nos partos é o soro com ocitocina (hormônio) para acelerar as contrações, episiotomia (corte no períneo) e rompimento da bolsa aos 5 cm de dilatação. Mas às vezes tenho outras idéias durante o parto. Depende do dia e dos meus compromissos.
b) Eu uso as intervenções apenas em raros casos, até porque a maioria delas podem ter efeitos colaterais indesejáveis. A natureza pensou em tudo, para a grande maioria das mulheres.
c) Só a anestesia, porque acho que a mulher não deve sentir dor. O resto varia de mulher para mulher.
d) Só a episiotomia, porque o parto pode destruir a vagina da mulher e provocar incontinência urinária.

3) Em que posição posso dar à luz? Posso ter um parto de cócoras?
a) Ra ra ra ra.... Parto de cócoras? Você não é índia, é? A mulher de hoje não tem musculatura para ficar de cócoras. Você quer ser partida ao meio, minha filha?
b) Semi-reclinada, pois no centro obstétrico da maternidade onde atendo, tem uma mesa de parto que permite que a paciente eleve um pouco as costas.
c) Da forma que você se sentir mais confortável, podendo ser de cócoras, de quatro, de lado ou de outro jeito que você inventar. A única posição que eu procuro não incentivar é deitada, porque o bebê pode ter o suprimento de oxigênio comprometido.
d) Como assim? Existe outra posição para dar à luz que não seja deitada?

4) Qual será sua postura caso eu recuse alguns procedimentos que você esteja recomendando?
a) O parto é seu. Você decide o que é melhor. Se eu indicar um procedimento, vou te explicar porque, vantagens e desvantagens, mas quem tem que resolver é você.
b) Eu não recomendo procedimentos. Eu faço. Na hora do parto você não tem condições de discutir o que é bom para você. Aliás, desde o início da gravidez a mulher tem o comportamento alterado, bem como a capacidade de discernimento.
c) Eu terei que abandonar o atendimento e chamar um plantonista, pois não quero me responsabilizar pelas desgraças que podem acontecer ao seu bebê.
d) Você não tem o direito de recusar um procedimento que está sendo prescrito para o bem do seu bebê.

5) Até quanto tempo você espera na gestação, antes de indicar procedimentos por "passar da data"?
a) Eu espero até 40 semanas. Depois disso faço a cesárea. Nem tento a indução, porque é tempo perdido. Ou você prefere arriscar a vida do seu filho e viver com esse peso pro resto dos seus dias?
b) A gestação normal vai de 38 a 42 semanas. O que eu proponho é um cuidado mais intenso depois que passa de 41 semanas. Mas a princípio, enquanto o bebê e a placenta estiverem bem, eu não faço nada. Passadas 42 semanas, podemos começar a pensar em indução do parto.
c) Eu espero até 40 semanas. Depois disso interno para induzir com soro.
d) Eu espero até 41 semanas e depois interno para induzir com citotec.

6) Você tem o hábito de pedir permissão e informar tudo o que você acha necessário fazer durante a gestação e o parto?
a) Como assim, pedir permissão? Eu estudei 10 anos, trabalho há 15 anos com partos e sei o que estou fazendo. Se for pedir permissão para fazer tudo, vou passar o dia nessa lenga-lenga com minhas pacientes.
b) Só peço permissão quando acho que o procedimento vai doer.
c) Não faço nem um exame vaginal sem pedir permissão, pois o corpo é seu, o parto é seu. Meu dever é fazer o melhor, desde que você me permita e entenda o que está acontecendo.
d) Depende do dia, pois às vezes depois de 2 plantões seguidos, eu fico meio impaciente.

7) Qual é a sua taxa de cesáreas?
a) Não sei, não tenho contado ultimamente... Se é alto? Não considero alto, porque hoje em dia as mulheres só querem cesárea. A culpa não é minha. Elas já chegam com uma idéia pré-concebida.
b) Minha taxa de cesárea é baixa, cerca de 40-45%...
c) A taxa é de 20%.. De partos normais..
d) Minha taxa de cesárea está perto de 25%, o que ainda considero alta, mas estou tomando algumas providências para tentar baixar para os 15% recomendados pela Organização Mundial da Saúde

8) Posso levar meu marido e uma acompanhante (doul a) para o meu parto?
a) Por mim você pode levar qualquer pessoa que faça você se sentir segura e tranqüila.
b) Porque? Você vai dar uma festinha no centro obstétrico? Quer ver seu marido desmaiando? Eu acho que um acompanhante já é muito.
c) Pode levar só o marido, mas só depois que ele fizer a preparação comigo, porque eu quero um aliado, não um inimigo me vigiando.
d) Não, eu acho que acompanhantes atrapalham, perturbam o ambiente, fazem muita pergunta, deixam a mulher insegura, ficam questionando o médico. Eu não atendo a família, eu atendo a gestante!

9) Você acha possível um parto normal depois de uma cesárea?
a) Você está louca? Quem andou falando uma bobagem dessas para você? Deixa disso, minha filha, isso é coisa de natureba inconseqüente.
b) É possível, mas tem que usar fórceps para não ter um período expulsivo prolongado.
c) É possível se o trabalho de parto não passar de 4 horas.
d) É possível e é uma ótima opção, com grandes chances de dar certo.

10) Você acha que tendo uma gestação de baixo risco posso ter meu bebê em casa?
a) Sim, o local do parto deve ser escolhido por você e seu marido. Se essa f or sua opção, devemos tomar algumas precauções, como ter um hospital relativamente perto para o caso de precisarmos de remoção. Mas geralmente não há necessidade.
b) Sim, mas eu não atendo partos domiciliares. Posso tentar te indicar um médico que faça.
c) Você enlouqueceu? Quer matar seu bebê? Quer se matar? Já pensou como é agradável sangrar até a morte com sua família te olhando sem ter o que fazer?
d) Sim, mas é muito arriscado. Muito mesmo. Você está com idéias muito românticas sobre o parto. Deveria fincar os pés no chão.

11) Devo fazer um curso de preparação para o parto?
a) É bom, não porque você não sabe o que é certo, mas o curso vai te dar dicas preciosas, vai te dar boas sugestões para um parto agradável, vai te dar dicas de amamentação. No mais, você vai entrar em contato com outras gestantes, o que pode ser uma experiência bastante enriquecedora.
b) Bobagem. Na hora eu te digo o que é certo ou errado. Eu estudei 10 anos, pratiquei mais 15 e te garanto que sei fazer um parto. É só você ficar deitada quietinha que tudo vai dar certo.
c) Faça apenas o curso do hospital, para saber onde é a entrada, como são as rotinas do hospital, como se comportar e o que esperar.
d) Tanto faz. Você também pode ler essas revistas para mãezinhas que tem todas as dicas que você precisa de enxoval, decoração, exames médicos e tal.

12) Quantos exames de ultrassom eu devo fazer ao longo da gestação?
a) O ideal é fazer em todas as consultas e por isso eu já tenho um aparelho aqui no consultório. A gente já vai vendo a carinha do bebê, como ele se mexe, todas as partes do corpo e tudo o mais.
b) Você deve fazer pelo menos 4 para ver se o crescimento do bebê está bom.
c) Eu recomendo fazer o menor número possível de exames, pois ainda não foi totalmente provado que o ultrassom é inóquo. Algumas pesquisas apontam para uma posssível alteraçao no cérebro em bebês que passam por muitos exames na gestação. Só vou pedir esses exames se tivermos que confirmar algum diagnóstico.
d) O máximo que o seu plano de saúde permitir antes de vir aqui me atazanar a paciência.

Resultados - some os pontos:
1- a(2) / b(1) / c(2) / d(3)

2- a(1) / b(3) / c(2) / d(2)

3- a(1) / b(2) / c(3) / d(1)

4- a(3) / b(1) / c(2) / d(1)

5- a(1) / b(4) / c(2) / d(3)

6- a(1) / b(2) / c(3) / d(1)

7- a(1) / b(2) / c(1) / d(3)

8- a(3) / b(1) / c(2) / d(1)

9- a(1) / b(2) / c(2) / d(3)

10- a(3) / b(2) / c(1) / d(2)

11- a(3) / b(1) / c(2) / d(1)

12- a(1) / b(2) / c(3) / d(1)
*Se seu médico fez entre 12 e 20 pontos: Fuja, saia correndo, ligue dizendo que você não está grávida, era um engano, foi apenas má digestão. Você tem certeza que ele tem um diploma válido em território nacional? Ter um parto com esse médico e sair ilesa é tão garantido quanto acertar na Megasena, sem ter comprado um bilhete.

*Se seu médico fez entre 21 e 30 pontos: É melhor você trocar de médico e procurar alguém mais antenado com as novas tendências em atendimento obstétrico. Seu médico pode até ser bem intencionado, mas definitivamente é mal informado. Pode ser que dê um bom ginecologista, mas como parteiro deixa muito a desejar!

*Se seu médico fez entre 31 e 37 pontos: O cara é fera, conhece e aplica as recomendações da Organização da Saúde e as evidências científicas. Aparentemente evita procedimentos médicos que podem atrapalhar o trabalho de parto. É respeitoso e honesto. Parece um cara do bem, um bom partido. Me arruma o telefone dele?

Saúde materna: Brasil ainda sonha com melhores indicadores

FEBRASCO -  Novos programas e manuais do Ministério da Saúde não conseguem reverter os enormes riscos da gravidez no país

        Apesar de diversos programas e ações implementados no Brasil nas últimas décadas, a redução dos riscos à gravidez com conseqüente melhoria nos indicadores de saúde materna está longe de ser realidade. As mais recentes tentativas de reverter o quadro são programas de aconselhamento à gravidez - com ênfase em nutrição adequada, melhora da auto-estima, apoio social e redução de potenciais fatores de risco, como tabagismo, alcoolismo e drogas -, e o Manual Técnico do Ministério da Saúde Pré-natal e puerpério - atenção qualificada e humanizada. Este último, concluído em 2005, determina as condutas e intervenções mínimas para garantir atenção pré-natal e puerperal na gestante sem intercorrências.
       De acordo com a profa. dra. Iracema de Mattos Paranhos Calderon, professora Livre-docente em Obstetrícia, do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp, para avançar nessa área são necessárias mudanças políticas, científicas e culturais:
       Com a grande difusão dos conhecimentos em saúde e educação, esperamos uma gestante que rejeite a atitude passiva de aceitar somente o que lhe é oferecido em detrimento daquilo a que tem direito, Esta nova postura certamente garantirá à paciente um atendimento de melhor qualidade”.
       A especialista, recém-nomeada presidente da Comissão Nacional Especializada de Assistência Pré-natal da FEBRASGO, defende que é preciso uma união nacional, um esforço coletivo de todos os setores, governamentais e não-governamentais, para a melhoria da qualidade da atenção pré-natal e puerperal.
                                     ASSISTÊNCIA NO BRASIL
        O Brasil registra ano a ano um aumento do número de consultas de pré-natal por mulher que realiza o parto no SUS. Em 1995 eram 1,2 consultas por parto, enquanto em 2003 o índice subiu para 5,1 consultas (SIA-Datasus e AIH-Datasus, 2004).
        Infelizmente, a análise dos dados demonstra comprometimento da qualidade da atenção. Isso pode ser evidenciado pela incidência de sífilis congênita, estimada em 12 casos/1000 nascidos vivos no SUS (PN-DST/Aids, 2002), ou pelo fato de a hipertensão arterial ser a causa mais freqüente de morte materna no país.
        “Somente pequena parcela das gestantes inscritas no Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento (PHPN) consegue realizar o elenco mínimo de ações preconizadas pelo Ministério da Saúde”, alerta a dra. Iracema.
        Este programa vigente atualmente, o PHPN, foi lançado peloMinistério da Saúde em 2000. A nova estratégia de ação veio com o objetivo de definir um modelo nacional que normatizasse as ações assistenciais relacionadas, conjugando esforços para melhorar os resultados observados.
         “O PHPN trouxe a discussão sobre as práticas pré-natais e suas bases conceituais, em consonância com os modelos utilizados em todo o mundo. Em linhas gerais, são recomendadas seis consultas, no mínimo, para cada mulher, sendo a primeira até o 4º mês de gravidez; uma consulta até quarenta dias após o parto; exames laboratoriais; além de classificação continuada de risco gestacional e atividades educativas”.
      Em avaliação preliminar dos primeiros anos desde a implantação do PHPN, a especialista ressalta a pequena parcela das gestantes cadastradas que pôde cumprir integralmente os critérios estabelecidos.
       “A maioria apresentou assistência desarticulada e parcial. E apesar de os indicadores de qualidade mostrarem melhora de um ano para outro, permaneceram baixos os percentuais registrados, ratificando a necessidade de permanentes ajustes, avaliações e novas intervenções, particularmente nas regiões mais carentes como Norte e Nordeste”.
        Confira alguns pontos destacados pela presidente da Comissão Nacional Especializada de Assistência Pré-natal da FEBRASGO.

NUTRIÇÃO

        “Caiu por terra o conceito de que a grávida deveria comer por dois, ou que não se deve estimular a manutenção da estética durante a gestação. A gestante precisa ganhar peso, em média de 8 a 14Kg durante toda a gestação, dependendo do estado nutricional. A necessidade calórica deve ser definida pelo IMC, avaliado no início do pré-natal, e pelo ganho de peso materno, avaliado em cada consulta de pré-natal.
          As orientações atuais também destacam a promoção da alimentação saudável, com enfoque na prevenção dos distúrbios nutricionais e das doenças associadas à alimentação e nutrição, tais como baixo peso, sobrepeso, obesidade, hipertensão e diabetes; além da suplementação de ferro, ácido fólico e vitamina A (para as áreas e regiões endêmicas). Em geral, as necessidades diárias são de 2800Kcal na primeira metade e de 3300Kcal na segunda metade da gestação. A composição da dieta é padronizada em 60% de carboidratos, 30-40% de proteínas (de preferência de origem animal) e menos de 10% de gorduras, evitando-se as não-saturadas”.

PARTO PREMATURO

         “No Brasil, PPT é um problema de saúde pública. É alta a prevalência de gestações de risco e a prematuridade atinge cerca de 20% delas, metade relacionada ao trabalho de parto espontâneo. A detecção precoce do risco de PPT é o caminho possível para a prevenção, por meio de repouso, circlagem, antibiótico e uso de progesterona de forma profilática. A progesterona natural parece promissora por bloquear as ações da ocitocina e da prostaglandina F2a, a estimulação adrenérgica e da resposta de tocolíticos a-adrenérgicos. Diferentemente da progesterona sintética, a progesterona natural não causa qualquer efeito teratogênico, metabólico ou hemodinâmico.
          A literatura tem poucos estudos e resultados controversos sobre os efeitos da progesterona, natural ou sintética, administrada por via intramuscular, na prevenção do PPT. A progesterona natural parece promissora na prevenção do PPT em gestações de risco, entretanto seu uso comercial ainda está muito aquém de nossas necessidades”.

GESTAÇÕES MÚLTIPLAS

        “A grande novidade é a discussão da via de parto de menor risco materno e fetal nas gestações gemelares próximas ao termo. O motivo é o fato do segundo gêmeo (gêmeo B) ter maior risco de morte e/ou morbidade neonatal severa comparado ao primeiro gemelar (gêmeo A) em caso de parto é vaginal, o que não acontece na cesárea. Um ensaio controlado aleatorizado multicêntrico e internacional, denominado TBS (Twin Birth Study), está sendo desenvolvido com inclusão prevista de 2800 mulheres em quatro anos.
         Serão avaliados mortalidade perinatal ou neonatal e/ou morbidade neonatal severa, desenvolvimento neuro-psico-motor dos recém-nascidos a curto e médio prazos e custo hospitalar. Os resultados auxiliarão obstetras e outros provedores de saúde no aconselhamento de mulheres com gravidez gemelar sobre os riscos e benefícios das diferentes vias/abordagens do parto”.

GESTANTE SOROPOSITIVA

        “A prevenção da transmissão vertical do HIV foi, sem dúvida, um grande avanço na assistência pré-natal, em destaque no protocolo de atendimento das gestantes HIV+ do Ministério da Saúde do Brasil. Este protocolo estabelece o uso de antiretrovirais durante a gestação e, sempre que possível, a zidovudina (AZT) deve compor o esquema de tratamento.
        A via de parto deve ser planejada de acordo com a contagem de carga viral aferida com 34 semanas de gestação, com indicação de cesárea eletiva quando a carga viral nessa idade gestacional for maior que 1000cópias/mL. Este protocolo define ainda recomendações para manejo do parto normal na gestante HIV positivo e na assistência ao puerpério dessas mulheres”.
                                                               
AMAMENTAÇÃO

       “Durante os cuidados no pré-natal, é importante conversar sobre as vantagens do aleitamento materno para a mulher e a criança, e orientar sobre o manejo da amamentação. Durante as consultas, deve haver avaliação das mamas e orientação para a gestante sobre o uso do sutiã.
        São recomendados banhos de sol nas mamas por 15 minutos, até 10h ou após às 16h, ou banhos de luz com lâmpadas de 40 watts a cerca de um palmo de distância. Sabões, cremes ou pomadas no mamilo devem ser evitados, e contra-indicada a expressão do peito durante a gestação para a retirada de colostro.

PARTO NORMAL X CESARIANA

        “No Brasil, cerca de 36% dos nascimentos são por via alta. Quando tomamos como referência hospitais particulares, estes índices são ainda maiores, chegando a 90%. Cerca de 850 mil cesarianas desnecessárias são realizadas anualmente na América Latina. Nesse contexto, algumas ações foram definidas para prevenir a cesárea desnecessária em nosso país. O próprio PHPN e as normativas do Ministério da Saúde para conter os índices de cesárea no SUS são algumas delas.
        Mais recentes, a resolução da ANVISA (Agência de Vigilância Sanitária) RDC 36, dispõe sobre Regulamento Técnico para Funcionamento dos Serviços de Atenção Obstétrica e Neonatal, enquanto a instrução Normativa nº 2, de 3 de junho de 2008, dispõe sobre os Indicadores para a Avaliação dos Serviços de Atenção Obstétrica e Neonatal. Ainda assim, com a implementação destas normas, para os resultados esperados na prevenção das cesáreas desnecessárias temos um longo caminho a ser percorrido”.

http://www.febrasgo.org.br/?op=300&id_srv=2&id_tpc=0&nid_tpc=&id_grp=1&add=&lk=1&nti=35&l_nti=S&itg=S&st=&dst=3