quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Não vá carregada para o parto

O medo, a insegurança, a falta de auto-confiança, a distância em relação ao corpo são pesos que carregamos para o parto e vão condicioná-lo. Preparar-se para o parto é sobretudo aliviar a carga.
A parteira mexicana Naoli Vinaver diz que carregamos muitas malas conosco para o parto. Não é só a mala com as nossas roupas e as do bebê. São as malas com tudo o que temos por resolver na nossa vida, com tudo aquilo que o que nos amarra. São malas bem pesadas, por vezes. E, às vezes são imensas.

Durante o trabalho de parto vamos libertando-nos de muitas delas, vamos-nos desamarrando. Por isso se diz que o parto pode ser transformador. Mas se o peso for excessivo, o parto pode arrastar-se, complicar-se ou até não ter início. Por isso, a enfermeira parteira Lúcia Leite diz que "a preparação para o parto faz-se no coração e na cabeça, trabalhando os medos e a auto-confiança".
Por isso, o obstetra Ricardo Jones escreve: "Tanto quanto no sexo, existe muito mais no nascimento humano do que o que se pode encontrar no corpo e suas medidas". Apesar de a obstetrícia ainda não incorporar na sua prática esta evidência científica, a verdade é que se descobriu "uma nova dimensão no nascimento, qual seja, a indissociabilidade das emoções e sentimentos ao lado dos eventos mecânicos já conhecidos. Ficou evidente que muitas mulheres falhavam em ter seus filhos de uma forma mais natural porque algo além do corpo as impedia".

*O medo faz com que as mulheres estejam contraídas e não deixa libertar as hormonas que estimulam as contrações e a dilatação. Isto é assim porque somos mamíferos e a natureza, que sabe o que faz, encontrou esta forma de proteger as nossas crias: elas não nasceriam em ambiente ameaçador, mas apenas quando a mãe estivesse tranquila e segura.*Tendo em conta estas evidências, vale a pena preparar-se e aliviar alguma da sua carga. Faça-o por si e pelo seu bebé. Um parto com menos intervenção é um parto mais saudável, com menos riscos, que leva a um pós-parto infinitamente mais fácil. O poder de dar à luz o seu bebé está em si. Só tem de descobri-lo. Deixamos-lhe algumas dicas:

*Converse com alguém da sua confiança, fale dos seus medos, mesmo daqueles que parecem mais inconfessáveis, mais patetas, mais simples ou mais complicados.
Se não tem ninguém com quem falar do mais íntimo do íntimo, dos medos mais inconfessáveis, se lhe custa verbalizar, ouvir-se dizer coisas que ainda nem percebeu muito bem... escreva. Um diário de gravidez é bom, mas é para deixar para a história. Escreva num caderno que seja só seu, onde não sinta os olhares de quem vai ler. *Registe sentimentos, medos, inseguranças e estará a libertar-se de um grande peso. Escrever é uma excelente maneira de deitar cá para fora porque ninguém nos está a ouvir, mas também de organizar as ideias, trabalhar os medos, estruturar as prioridades.
*Participe em listas de discussão sobre parto humanizado.
*Procure uma doula que a poderá acompanhará na gravidez, no parto e no pós-parto dando-lhe apoio emocional, ajudando-a a desfazer muitos dos seus medos.
*Faça uma lista daquilo que quer fazer ou resolver antes de do parto. Não se limite às compras e à preparação do quarto do bebê.
*Pratique ioga ou pilates. Ajuda não só fisicamente, mas também mentalmente promovendo bem-estar e a união com o bebê.
*Aprenda técnicas de relaxamento ou meditação. Para quem tem altos níveis de ansiedade, estas técnicas são uma excelente forma de encontrar mais tranquilidade e confiança no próprio corpo. Um relaxamento profundo produz ondas cerebrais alfa, diminui a tensão arterial, reduz a tensão muscular, logo reduz também o stress e a ansiedade.
*Visualização positiva: visualizar o bebé estimula a ligação com ele e acalma os medos.
*Abrande o ritmo perto do final da gestação. Se puder, suspenda o trabalho. Dedique-se a fazer o ninho e relaxar. Passeios à beira-mar e ouvir música são boas atividades para aproveitar o fim do tempo de gestação.
Fonte:
http://www.mae.iol.pt/artigo.php?id=1070113&div_id=2627



Grau de maturidade da placenta

   

Leia artigo completo no site
http://www.drashirleydecampos.com.br/noticias/22599
Grau 0 - é a placenta homogênea, placa corial lisa e ausência de sinais de calcificação.
A placenta grau zero é a placenta de primeiro trimestre.

Grau I - é a placenta com placa corial ondulada, apresentando calcificações esparsas intra placentárias, principalmente na camada basal.
grau I pode ser observada desde o 2º trimestre.

Grau II - é a placenta que apresenta a placa basal calcificada e porções septais parcialmente calcificadas.
placenta grau II não costuma ser observada antes da 30ª semana.

Grau III - é quando a calcificação ocorre em todo o compartimento lobar, determinando uma imagem em anel.
A placenta grau III, encontrada apenas em 40 - 50% dos fetos a termo, costuma aparecer após a 35ª semana.


A placenta grau zero é a placenta de primeiro trimestre, a grau I pode ser observada desde o 2º trimestre, a placenta grau II não costuma ser observada antes da 30ª semana e é a mais frequente no momento do parto, seguido do grau III e I.
A placenta grau III, encontrada apenas em 40 - 50% dos fetos a termo, costuma aparecer após a 35ª semana.

Embora em seu trabalho original Grannum tenha demonstrado um aumento progressivo na maturação pulmonar (relação lecitina/esfingomielina) de acordo com a elevação no grau placentário e maturidade pulmonar em 100% dos fetos com placenta grau III, diversos outros autores não tem demonstrado a mesma correlação. HARMAN estudando 563 pacientes encontrou maturidade pulmonar (L/S > 2) em 16,7% dos fetos com placenta grau 0, 68,5% com placenta grau I, 90,7% em fetos com placenta grau II e 93,1% com placenta grau III, não observando diferença significativa quanto a maturidade entre as placentas grau II e III.
Provavelmente mais importante que a tentativa de avaliação da maturidade pulmonar, é a associação entre a calcificação placentária precoce e a possibilidade de desenvolvimento de retardo de crescimento intra-uterino (por exemplo: placenta grau II antes da 32ª semana e grau III antes da 34 semanas).

http://www.drashirleydecampos.com.br/noticias/22599