sábado, 19 de novembro de 2011

Ser Doula
Não acredito em nada tão técnico. 
Respeito todo e qualquer trabalho feito a base da intuição, instinto. 

Vislumbro o Dom e Talento em cada um de nós. Por isso, se coloco técnica demais, corro o risco de não manifestar a sensibilidade com tanta suavidade. 
Pra mim, isso é o parto, suavidade... fluidez... e deixar jorrar.
Mãos abençoadas, consagradas. 
Gosto de trabalhos assim e, também lido nos atendimentos assim. Deixando fluir...
Digo trabalho, mas não sinto assim. Pois, nada melhor que trabalhar com o que se gosta. Então, parece 'lazer'. 
Mas, como dizer que sou 'doula' por lazer... seria muito estranho, mas é assim que sinto. 
Muita gratidão, muito gosto pelo que faço. 
Dai, sigo. 
Deixando que jorre, infinitamente, através de minhas mãos o acolhimento a essas mulheres, seus bebês, a família que esta se REnovando.
Quanto 'prazer' em ver a manifestação da Natureza fisiológica do organismo acontecendo, por isso busco não me perder atuando apenas com técnica.
Assim é um pequeno resumo de como vejo que deve ser a assistência proporcionada por uma 'doula'.
Sem interferir no processo diretamente, mas estando presente o tempo todo que lhe for necessário, respeitando espaços.
Doula jamais substituirá o acompanhante de escolha da mulher, mas estará somando a essa estrutura familiar, o apoio incondicional para que a experiência do parto-nascimento seja imensamente prazerosa.
Agradecendo a Deus pelas vidas que passam por mim, pelos casais que me permitem estar por perto em um momento impar, único e sagrado.