quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Considerações sobre a Conferência em Brasília - 2010


Brasília - 26 A 30 de Novembro/2010 - Proposta que achei inusitada. Um médico, não sei o nome, pequei por isso. Dentre tantas sugestões para ajudar incentivar a equipe, aos médicos assistirem a PN, propôs que a remuneração para o mesmo fosse maior. 'A atenção obstetrica deverá ser remunerada conforme: 1-período ativo do trabalho de parto; 2-o parto e 3-período do puerpério patológico ate a alta da paciente'.  O pessoal, riu e perguntou: - nossa, dai será o caminho inverso. Colocarão essa mulher para parir em 10h, 12h ou ainda 24h, 36h, enfim... todas(os) riram e falaram da preocupação que isso geraria. Pois, no caminho oposto, eles podem protelar, indevidamente o nascimento para receberem mais. Isso uma equipe nao trabalhada. Essa foi uma das mais importantes propostas, ou seja, SENSIBILIZAR as equipes para entenderem, compreenderem a importância de se ouvir as mulheres, de dar a elas voz, de atenderem individualmente e não em série, como fazem. Esse medico tem tal preocupaçao, mas nao pensou de como isso, numa equipe nao trabalhada poderia surtir um efeito devastador. Outra coisa que vi, foi a força de vontade, coragem e determinação das parteiras. Teve uma que me comoveu com seu relato, entre tantos que ouvi. Ela estava acompanhando uma mulher em casa, o parto por alguma razão complicou. Com muita dificuldade, levou essa mulher a um hospital. Lá chegando, o médico que as recebeu, falou curto e grosso: - você começou, agora acaba. Não vou colocar as mãos nela. Deu as costas e foi embora. Nisso, essa parteira, olhou para a mulher e disse: - agora somos nós. Orou, conversou com a mulher, confiou e o bebê nasceu. Belo e sereno, sem sequelas ou complicações. Dai, percebi que o trabalho dessas fantásticas mulheres tem muito a ver com a FÉ que as move. Que so tem a oração como parceiro, como remédio, para uma medicina doente, cheia de limites. E, que diante de uma visao doentia do parto, pelos mecanicistas, ELAS tem a 'arma', que considero a mais forte e poderosa, CONFIAM, ORAM, e pedem que a Divina Providência interceda em seus atendimentos. E, por uma razão que foge a lógica, tem sucessos em seus atendimentos. Bebês são sábios, então resolvem colaborar com sua chegada, ajudando suas mães, e, aquelas que as receberão, as parteiras. São algumas das histórias que irei contando caso queiram continuar trocando o que foi visto, ouvido por lá. Eta, mulheres fortes e guerreiras essas parteiras, que tem como parceira a visao ampla de parto, a experiencia do respeito a fisiologia do parto, com uma visão simples e acolhedora e, esses bebês nascem em mãos abençoadas. Tem como proteçao as FÉ que é o forte delas. Ouvi tantas oraçoes que fazem quando um parto vem a complicar, se entregam, oram e esperam. Meu respeito a elas e aos profissionais que estam buscando mudar seus atendimentos. Isabel - Doula