terça-feira, 18 de outubro de 2011

GESTAR E PARIR
Durante as relações sexuais, o homem e a mulher experimentam algumas alterações nos seus órgãos sexuais que facilitam a chegada ao óvulo dos espermatozóides, dentro do corpo da mulher: o pénis deve estar em erecção e o órgão genital feminino lubrificado.
Dos cerca de 90 milhões de espermatozóides que se encontram numa ejaculação, entre 300 a 500 chegam às trompas e apenas um deles irá fecundar o óvulo. Os espermatozóides chegam ao óvulo em menos de 15 minutos.
Se durante a relação sexual um espermatozóide encontra um óvulo nas trompas de falópio e se une a ele, produz-se a fecundação. O ovo desloca-se ao longo da trompa de falópio demorando entre 5 a 7 dias a atingir a parede uterina. Neste trajecto podem observar-se vários estados apresentados pelo embrião nesse período de tempo que decorre desde o estado de ovo até à implantação no endométrio - nidação.
A figura A representa a fase da ovulação do ciclo ovariano, a fecundação e a nidação. As figuras 1 e 2 representam as primeiras divisões do óvulo depois da fecundação, entrando na fase embrionária.
O ovo ao desenvolver-se, não dá somente origem ao embrião. O endométrio fica mais espesso e origina os anexos embrionários indispensáveis para o crescimento e desenvolvimento de um novo ser ao longo dos nove meses seguintes - gravidez.
Ao longo da gravidez, o único ponto de contacto entre mãe e filho é a placenta, que é uma espécie de placa muito irrigada onde terminam os vasos sanguíneos do cordão umbilical. É através da placenta e do cordão umbilical que o embrião recebe nutrientes mas também liberta os seus produtos de excreção.
A protecção contra os choques e dessecação é assegurada pelo âmnios e líquido amniótico.
O desenvolvimento do embrião evolui ao longo de várias fases:
durante os primeiros dois meses começa a esboçar-se a formação dos diversos órgãos (Fig. 2a);
ao fim do 2º mês o embrião mede cerca de 3 cm e só pesa algumas dezenas de gramas (Fig. 2b);
por volta do 3º mês apresenta membros e órgãos já definidos e aparenta mesmo forma humana. Nessa altura, o embrião passa a designar-se por feto (Fig. 2c). O seu crescimento de 1,5 mm por dia é muito rápido, de tal modo, que se continuasse a crescer a esse ritmo após o nascimento atingiria, aos cinco anos de idade, os 3 metros de altura;
FIGURA 2a - 1º mês de gravidez.
FIGURA 2b - 2º mês de gravidez.
FIGURA 2c - 3º mês de gravidez.
do 3º ao 6º mês os órgãos completam a sua formação e o feto adquire proporções mais regulares, mantendo, contudo, a cabeça bastante volumosa (Fig.d,e,f). Os seus movimentos começam a ser sentidos pela mãe;
FIGURA 2d - 4º mês de gravidez.
FIGURA 2e - 5º mês de gravidez.
FIGURA 2f - 6º mês de gravidez
nos últimos dois meses de gestação ultima-se o desenvolvimento (Fig. g,h);
por volta dos nove meses, o bebé, já totalmente formado, está pronto para nascer (Fig. i). Tem lugar o parto.
FIGURA 2g - 7º mês de gravidez.
FIGURA 2h - 8º mês de gravidez.
FIGURA 2i - 9º mês de gravidez.
É um momento sublime para a mãe e para o bebé. Mas é também um momento em que há tanta coisa para fazer bem feita que nem há muito tempo para pensar nisso.
Na primeira fase do parto o colo do útero alarga-se e dá-se a saída do líquido amniótico – é aquilo a que vulgarmente se chama o “libertar das águas”.
Em seguida, as paredes do útero começam a contrair-se cada vez com mais força, a frequência das contracções aumenta, o colo do útero e a uretra dilatam-se até que o feto, já maduro, sai para o exterior (Fig. 3a).
O parto é a etapa final da gravidez, o acto do nascimento (Fig. 3b).
FIGURA 3a - Parto.
FIGURA 3b - Recém-nascido.
Após o parto, a criança recém-nascida iniciará o seu desenvolvimento até ao estado adulto e quando lá chegar, será também ela, talvez, capaz de conceber.
Fonte: clubedasaude.no.sapo.pt